-Não. A palavra "Espiritismo" foi adotada por Allan Kardec para representar o conjunto de ensinamentos que ele reuniu nas obras básicas da Doutrina Espírita. Estes ensinamentos estavam esparsos em várias seitas, religiões e delas os grandes benfeitores e sábios que a Humanidade conheceu formaram o que se deu o nome de Espiritismo. Portanto, os princípios Espíritas são conceitos novos de idéias antigas, explicados à luz da razão e bom senso.

-Sim, os Espíritas seguem o código moral que está no Evangelho e, tem em Jesus o modelo mais perfeito que se conhece.

-Não, O Evangelho Segundo o Espiritismo contém todos os ensinamentos morais de Jesus e sua interpretação segundo os princípios Espíritas, não contendo apenas a parte histórica da vida de Jesus e de seus discípulos.

-Essas lembranças estão presentes em nossa maneira de ser e pensar através dos impulsos e tendências. Não há necessidade de lembrarmos quem fomos, é importante sabermos que somos hoje o resultado dessas encarnações passadas e através da consciência das qualidades e imperfeições morais que temos, podemos trabalhar nosso íntimo em busca de evoluir, melhorando também nossas reencarnações futuras. Os fatos e circunstâncias que levaram, no passado, a sermos o que somos hoje, não são importantes. O resultado disso tudo é que importa. Assim, temos que procurar conquistar hoje as melhores situações que atendam a evolução de nosso espírito. Conquistar através do trabalho digno, honesto e sendo leais aos preceitos que estão no Evangelho. O esquecimento é benéfico pois filtra o que interessa: nossas conquistas positivas e os fatores ainda carentes de melhora. É uma bênção de Deus, possibilitando recomeços e reconciliações em novas situações.

-Alguns lembram (e são raros, pois existe muita fantasia nestas lembranças) de fatos que foram muito marcantes em existências passadas, como por exemplo: mortes trágicas, situações de muito medo, emoções fortes; mas essas lembranças são apenas fragmentos que emergem do inconsciente quando algum fato provoca a lembrança dessas emoções ou acontecimentos passados. O ideal é trabalharmos essas lembranças para harmonizarmos nosso espírito, deixando-o livre de fobias e traumas. Através da busca da melhora íntima e sinceridade na auto-análise conseguiremos lograr a paz interior.

-O que morre é o corpo e não o espírito. Quem pensa é o espírito, sendo o cérebro seu órgão de manifestação. Se, como admitem todas as religiões, o espírito sobrevive, evidentemente que ele continua pensando, e como a telepatia, já comprovada, se dá entre as pessoas vivas, porque ela não se daria entre as mentes que perderam o corpo pela morte? Assim, o processo da comunicação é algo perfeitamente natural, sendo de ocorrência normal em pessoas mais sensíveis.

-Não é recomendável, pois nem sempre estes estarão em condições de se comunicarem e, esta busca mostra pouca fé na providência divina. Os entes queridos podem se comunicar conosco, quando estiverem em condições, através do sono, quando nosso espírito fica mais livre e poderá ouvir e vê-los. O Espiritismo não veio a Terra para esse fim. Sua consolação está na justiça que descortina para o homem de bom senso que entende seus princípios. Quem entende seus postulados passa a respeitar mais os desígnios Divinos e busca, não provas e contatos com os que se foram, mas procura transmitir a eles sua confiança, que, certamente, lhes será um alento e motivação na vida nova em que se encontram. A saudade é por vezes dolorosa, mas estamos todos unidos pelas vibrações do amor que se transmite de espírito a espírito.

-Não necessariamente. As encarnações obedecem à necessidade de evolução do espírito e, dentro dessas necessidades, o espírito passa por muitas situações diferentes para adquirir conhecimento, aprimorar seus sentimentos e domar suas más inclinações.

-Porque aqueles que não conhecem o processo da comunicação não vão entender o que se passa. Todos podem assistir as sessões, desde que aprendam sobre o processo, em estudos que ocorrem periodicamente nas Casa Espíritas. Ninguém é proibido, desde que passe pelo estudo e por um período de afinização e entrosamento com o grupo que irá integrar.

-Não, o Espiritismo está aberto a toda a humanidade. Os livros básicos da Doutrina Espírita foram ditados pelos grandes sábios e benfeitores que a humanidade conheceu. Seus ensinamentos estão nestes livros e continuam nos livros que vieram a seguir através de vários médiuns. Todos podem freqüentar as sessões de estudos e não se faz distinção de raça, credo ou posição social Não existe uma hierarquia sacerdotal no Espiritismo, portanto não se tem pastores ou "chefes". Allan Kardec disse que o único sinal que deve identificar os espíritas é a caridade.

-Não. O Espiritismo leva as pessoas ao conhecimento íntimo. Indica o caminho do "conhece-te a ti mesmo" que leva à inevitável reforma íntima. É inconcebível que se possa viver com hipocrisia. A Doutrina Espírita mostra que devemos encarar nossas falhas e procurar sana-las de maneira mais rápida possível. Daí o estudo da Doutrina conduzir as pessoas a buscar a sinceridade nas ações e não a maquiagem de intenções e situações. Ao contrário de levar as pessoas a se desequilibrarem, traz o equilíbrio perdido nas ações em que o homem vive para o mundo.